"Os Grandes Portugueses"

seilah said:
E, para não variar... Ninguém comentou o que era para comentar.
E andou-se para aqui à porra e à maça por causa de futilidades, inutilidades e opinogramas esquerdóides.
E o que era para comentar também não era mais ou menos o mesmo, mas vindo do outro lado? Modernismos maçónico-decadentes? Serviços secretos? Por favor. Se não fossemos um país de brandos costumes, achas que o 25 de Abril tinha sido em '74 em vez de ter sido em '44?
 
fatbird20006 said:
Faz falta entrar em insultos e desqualificações pessoais?
Outro que precisa de aprender a ler. Ora analisa lá essa frase. O que é que o adjectivo "parvo" está a qualificar? :rolleyes:
 
Lauren Hynde said:
E o que era para comentar também não era mais ou menos o mesmo, mas vindo do outro lado? Modernismos maçónico-decadentes? Serviços secretos? Por favor. Se não fossemos um país de brandos costumes, achas que o 25 de Abril tinha sido em '74 em vez de ter sido em '44?

Podes ter a certeza que os serviços secretos são fundamentais. Por causa dos nossos servirem partidos em vez do país é que os espanhóis são donos de 14 % da nossa banca e nós de 0,7 % da deles.

Em relação à data da mudança de regime, apenas te digo que o Franco morreu depois, os espanhóis estavam mais pobres e olha lá onde é que eles já vão.

O problema é esse mesmo:
Em vez de termos orgulho na nossa cultura, nos nossos símbolos e naquilo em que somos bons, andamos a perder tempo a dizer mal uns dos outros, e a gozar-nos mutuamente porque somos todos uns crâneos esclarecidos mas de palpável fazemos pouco, só mesmo com um chicote, tal como refere o Fat.
 
Opinograma esquerdóide? Isso não faz sentido nenhum, mas tem a sua graça e fica no ouvido.

Tenho que pedir desculpas ao seilah. Comecei por pensar que era só uma pessoa com ideais políticos absurdos, mas vejo agora que estava enganado. Depois de ler o último comentário aos serviços secretos, percebo que é uma mistura do Sr. Faustino aqui da rua, que não se cansa de dizer que, no tempo do Salazar, nunca tinha aparecido a SIDA, e o meu primo Tózé que jurava ter sido amigo de infância do Bruce Lee. O Sr. Faustino lá se entretém a ler o Correio da Manhã e a falar sozinho sem que lhe liguem grande importância. Quanto ao primo Tózé, as temporadas que passa num hotel de luxo em que os recepcionistas usam batas brancas fazem-no sempre ficar melhor.

Recomendo-te que lhes sigas o exemplo.

E gostei muito de ver o Qyron exaltar-se com o comentário da família das ex-colónias. Mas, quando esperava que fosse um gajo arrojado e usasse a palavra "retornado" (que é a nossa palavra proibida, comparável ao "nigger" dos americanos), decidiu voltar atrás e levar a coisa por outro caminho. Assim não pode haver confronto saudável.
 
O que eu gostava que alguém me explicasse é: porque razão, sempre que um português no exercício da sua liberdade de expressão chama esquerdóide aos comunas com a mania que são iluminados, é trucidado pela catrefada de jornalistas e fazedores de opinião, enquanto tanta gente válida que prestou relevantes serviços ao país, só porque foi antes da abrilada, é apelidado de fachista e ninguém se exalta.
Diz-se bem do Estaline, do Lenine, do Che, do Fidel... Ninguém se opõe... Fala-se de Marcelo Caetano, Carmona, Salazar... E lá vem o Carmo e a Trindade aos trambolhões.

Repito o que disse na transcrição que iniciou toda esta discussão:

"...Portanto aquilo que se nos pede, é que, tal como todos os nossos 10 finalistas, sejamos sérios, trabalhadores, inovadores e sonhadores. Temos uma espécie de loucura colectiva que nos leva a realizar actos de bravura inconcebível (mais nenhum país tem forcados). Abracemos o mar que nos acolhe e deixemos-nos de pieguices e modernismos maçónico-decadentes. Preparem-se atempadamente as decisões políticas, estratégicas e operacionais que tanta falta fazem. Recupere-se o sentido de Estado e a alegria de viver em respeito e pluralismo saudável.
Como nos dizia o Sr. Prof. Doutor Adriano Moreira, Portugal não tem nada um povo de brandos costumes, basta reparar que nunca houve mudanças políticas pacíficas.
Assuma-se a necessidade imperiosa de uns serviços secretos eficazes que permitam acautelar os interesses nacionais, de objectivos estratégicos superiores a 4 anos... e por favor, vamos todos ser mais participativos e reclamantes. Aproveitemos a democracia para nos respeitarmos uns aos outros mas também para exigir profissionalismo, seriedade, solidariedade e, acima de tudo, respeito pelo legado que queremos e devemos deixar aos nossos filhos e netos. Pensemos neles em cada dia: quando não nos apetece trabalhar, nem reclamar nem respeitar a natureza nem gritar a nossa indignação colectiva contra os desmandos despótico-partidários de alguns dirigentes mal formados.
Vamos por todos tentar ministrar a vacina ao nosso país, porque de aspirinas já estamos deveras fartos.

O meu voto? qualquer um dos 10 milhões o merece, não deixemos que nos façam sentir abexins. Não o somos de forma alguma
".

Embora alguns se esforcem bastante...

Qyron, podes comentar à vontade porque só quem se mete com o PS é que leva.
 
"Parabéns à RTP e à Maria Elisa. Apesar de se poderem discutir os critérios, trata-se de um jogo, e como tal devem aceitar-se as regras, o que faço, contrariamente a alguns pseudo-intelectuais de esquerda como o que há pouco nos envergonhou a todos durante o programa transmitido a partir do palácio da Ajuda.[/QUOTE]

Não vi, admito. que lindo comentário foi esse, entre muitos que ultimamente se têm registado por aí?

Como se vem demonstrando cada vez mais facilmente - e rapidamente, acrescente-se - de estúpidos e e idiotas temos o nosso emiciclo pejado. E outras demais instituições que deveriam primar pelo seu brilhantismo e não brilhante estupidez.

E sim, apelido-os de tal impunemente; trata-se de uma opinião pessoal. Embora seja algo transversal à opinião pública generalizada nos últimos tempos.

seilah said:
Adiante... Portugal teve, tem e terá, gente muito visionária, corajosa e inteligente. Qualquer um dos 10 finalistas possuía essas características. A discussão centrou-se em Salazar porque nunca nos tínhamos deparado com a questão por ela ser tabu, felizmente quebrado.

Ok, eu tive de estudar o homem na escola numa disciplina que poucos aqui conhecerão e, admito, ele era bom no que fazia.
O homem inclusivé criou uma doutrina económica que é mundialmente estudada: o corporativismo.
Foi visionário? Foi. Fez um bom trabalho? Fez. Mas, e o resto?

Considerando que o Estado Novo endireitou um país tecnicamente falido, eu direi que foi um trabalho bem feito, porque ainda hoje - e se não tropeço nas voltas da memória e dos números - Portugal é o 3º mais rico país do mundo em reservas auríferas. Mas muito foi o que foi feito para se endireitar a coisa. Muita coisa boa e também muita coisa má.

E foram tantas as más que um homem que labutou para desatolar um país se destruiu para os vindouros. Encaremos esta questão: merece tanto a coroa como a forca, Salazar.

Mas vinco: foi um visionário no seu tempo e para o seu tempo. Não O visionário, que esse não existe.

seilah said:
Da minha simples e humilde situação de cidadão comum, exorto todos os nossos compatriotas a reflectir nos factos: temos as fronteiras (1)terrestres mais antigas da Europa, (2)a maior zona económica exclusiva da UE (18 vezes o território) e uma das mais bem irrigadas orografias de todo o continente, para além do clima, (3)muitas vezes comparado ao da Califórnia; somos um dos povos (2.º se não me engano) que tem maior consumo de peixe per capita e que mais vezes toma banho por semana.

1 - sabia disso e orgulho-me, como já se debateu atrás
2 - não conhecia esses números e só posso dizer: desperdício de oportunidades
3 - Quem diz?

Acrescento que apesar de ocidentais somos, na minha opinião, um povo que ainda se mantém estranhamente arreigado à sua cultura - vou chamar-lhe - "tribal".

E é algo estranho que sendo nós um país tão "retrógrado", como já tive o prazer de ouvir dois emigrados em França gritar à boca cheia em francês tenhamos pequenos hábitos tão curiosos como o da alimentação e da higiene. Atrasados? Eu chamo-nos só molengas.
Ou mais valerá dizer verbo de encher: passamos a vida a ouvir o que os outros dizem de nós ao invés de falarmos de nós mesmos, para bem ou mal.

Temos uma das mais completas e complexas linguagens do mundo. Uma das histórias mais marcantes mundialmente. Haja respeitinho.

seilah said:
Como nos dizia o Sr. Prof. Doutor Adriano Moreira, Portugal não tem nada um povo de brandos costumes, basta reparar que nunca houve mudanças políticas pacíficas.

Verdade se diga.
Nascemos de uma guerra, crescemos do conflito, reestruturámo-nos por convulsões. Para andarmos à bolachada em termos do que é que se come cá em casa politicamente é do melhor.

Julgo que foi Júlio César que disse "No extremo da Ibéria existe um povo que não se governa nem se deixa governar."

Mas algo me diz que amansámos. E isso não é bom. Tanto mais que agora somos governados. Por outros que não tugas. Ou seja, nós.

seilah said:
Portanto aquilo que se nos pede, é que, tal como todos os nossos 10 finalistas, sejamos sérios, trabalhadores, inovadores e sonhadores. Temos uma espécie de loucura colectiva que nos leva a realizar actos de bravura inconcebível (mais nenhum país tem forcados). Abracemos o mar que nos acolhe e deixemos-nos de pieguices e modernismos maçónico-decadentes. Preparem-se atempadamente as decisões políticas, estratégicas e operacionais que tanta falta fazem. Recupere-se o sentido de Estado e a alegria de viver em respeito e pluralismo saudável.
seilah said:
Assuma-se a necessidade imperiosa de uns serviços secretos eficazes que permitam acautelar os interesses nacionais, de objectivos estratégicos superiores a 4 anos... e por favor, vamos todos ser mais participativos e reclamantes. Aproveitemos a democracia para nos respeitarmos uns aos outros mas também para exigir profissionalismo, seriedade, solidariedade e, acima de tudo, respeito pelo legado que queremos e devemos deixar aos nossos filhos e netos. Pensemos neles em cada dia: quando não nos apetece trabalhar, nem reclamar nem respeitar a natureza nem gritar a nossa indignação colectiva contra os desmandos despótico-partidários de alguns dirigentes mal formados.
Vamos por todos tentar ministrar a vacina ao nosso país, porque de aspirinas já estamos deveras fartos.

O meu voto? qualquer um dos 10 milhões o merece, não deixemos que nos façam sentir abexins. Não o somos de forma alguma.[/I]"

Balanço final:

As estruturas estão cá.
O saber fazer também.
A capacidade de trabalhar e a vontade de o fazer, também.

Falta sim, como afirmado, o apontar de objectivos.
Perde-se tempos em maneirismos, em guerras pessoais, em miudezas. A todo o nível.
Há interesses instalados e que por muito que os cornos abanem não descascam a porcaria. Mas se o animal inteiro se agitar, acho que se mata o mal. Falta união. Ou pelo menos cooperação.

A todos os níveis.
 
Last edited:
Também gostei do opinograma esquerdóide. Tem uma certa frescura. Apela ao esquerdalho que há em todos nós. :D

Havia ontem uma crónica no JN, da Alice Vieira, conhecida esquerdalha maçonico-decadente, acerca dessa coisa dos espanhóis virem aí tomar conta disto tudo.

A minha amiga Marta veste na Massimo Dutti, e (...) na Zara, (...) Mango, (...) Agatha Ruiz de la Prada. (...) Compra sapatos Adolfo Dominguez e malas Purificacion Garcia.

(...)

Mas a minha amiga Marta anda muito, muito ofendida.

Muito ofendida com José Saramago, que teve o desplante, imagine-se!, de afirmar que se calhar o futuro de Portugal ainda será, um dia, juntar-se a Espanha.

Palavra de honra, exclamou a minha amiga Marta, as pessoas dizem cada barbaridade!

Ó meus amigos: União Europeia.
 
seilah said:
O que eu gostava que alguém me explicasse é: porque razão, sempre que um português no exercício da sua liberdade de expressão chama esquerdóide aos comunas com a mania que são iluminados, é trucidado pela catrefada de jornalistas e fazedores de opinião, enquanto tanta gente válida que prestou relevantes serviços ao país, só porque foi antes da abrilada, é apelidado de fachista e ninguém se exalta.
Diz-se bem do Estaline, do Lenine, do Che, do Fidel... Ninguém se opõe... Fala-se de Marcelo Caetano, Carmona, Salazar... E lá vem o Carmo e a Trindade aos trambolhões.
Acho que o problema é que andas a ler os jornais errados.

Chamar esquerdóide a comunas e não comunas é comum e diverte a alma, da mesma forma que chamar fascizóide a quem tem o tique, novo ou velho, é comum e diverte o espírito.

Dizer bem de qualquer desses senhores que referiste, de qualquer dos lados, nunca é bem recebido.

Eu devo dizer que a mim não me surpreendeu nada a polémica à volta do Salazar neste concurso. A única coisa que foi surpreendente foi ele não fazer parte da lista de nomeados sugeridos pela RTP logo de início, porque era óbvio que ele teria de lá estar.
 
seilah said:
O que eu gostava que alguém me explicasse é: porque razão, sempre que um português no exercício da sua liberdade de expressão chama esquerdóide aos comunas com a mania que são iluminados, é trucidado pela catrefada de jornalistas e fazedores de opinião, enquanto tanta gente válida que prestou relevantes serviços ao país, só porque foi antes da abrilada, é apelidado de fachista e ninguém se exalta.
Diz-se bem do Estaline, do Lenine, do Che, do Fidel... Ninguém se opõe... Fala-se de Marcelo Caetano, Carmona, Salazar... E lá vem o Carmo e a Trindade aos trambolhões.

Não sou comunista e não tenho simpatia por qualquer partido. O Estaline era um psicopata. O Lenine era um político muito hábil. O Che merece-me admiração pela faceta romântica de combatente pela liberdade alheia. O Fidel nem por isso, mas é preciso ter cojones grandes para manter uma ditadura marxista a umas quantas braçadas de Miami.
Marcelo Caetano foi um teórico feito ditador sem qualquer talento para sê-lo. Carmona, como Américo Tomás, foi apenas uma figura decorativa medalhada. Qualquer sugestão do contrário revela um desconhecimento profundo da História. O único presidente do Estado Novo que tentou ter alguma autoridade foi Craveiro Lopes e foi rapidamente saneado. Salazar era um intelectual retrógrado e de ideias muito estreitas. Não era visionário nenhum. Não criou o corporativismo (não criou nada, a criação do que seja é muito perigosa; mas evitou a criação de muita coisa). O Estado Novo não endireitou o país de forma alguma. Pode ter equilibrado as contas durante algum tempo (à custa do investimento zero e com uma população maioritariamente analfabeta e miserável), mas continuámos a ser tão pobres e atrasados como na 1ª República. A única diferença é que passámos a ter o mesmo governo durante décadas em vez de mudar mensalmente.

Quanto a Portugal ter as terceiras reservas auríferas mais ricas do mundo, não tropeçaste na memória e nos números. A tua imaginação é que te empurrou pelas escadas abaixo. E a Somália é o maior exportador mundial de empadas de galinha.

E é engraçado isso de cair o Carmo. :) Com um Salgueiro Maia em cima de um Chaimite com megafone e tudo.

Ah, e não sabes escrever "fascista". Mas podes encarar isto como mais um opinograma esquerdóide de tipo ortográfico.
 
Last edited:
Já agora, o tal povo a que Júlio César se referia (o general romano, não o animador de casinos) não eram os portugueses e devemos-lhes menos do que a outros povos que vieram depois. É mais um exemplo do que acontece quando se leva à letra os textos de história do Livro de Leitura da Terceira Classe (aquele com meninos da Mocidade a segurar estandartes na capa). Isto até vos pode chocar , mas, historicamente, causaram tanto incómodo ao Império Romano como uma vespa a um rinoceronte.
 
Uma vespa pode matar um rinoceronte. Contando que o pique no sítio certo.
 
Porque os picaram na sola da sandália quando estavam a ser espezinhados.
Há uma história bonita sobre a relação entre lusitanos e romanos. Quando os três lusitanos que assassinaram Viriato à traição foram ter com os romanos para receberem o pagamento prometido, foi-lhes dito: "Roma não paga a traidores." E a seguir, mataram-nos. Isso sim é uma história inspiradora.
 
Arre, que eu sabia que hoje devia ter tomado um calmante...

Se fomos assim tão pouco relevantes, porque carga de água foi preciso matar à traição o Viriato?

E eu mencionei a possibilidade, não a execução.
 
Qyron said:
Arre, que eu sabia que hoje devia ter tomado um calmante...

Se fomos assim tão pouco relevantes, porque carga de água foi preciso matar à traição o Viriato?

E eu mencionei a possibilidade, não a execução.


"Se fomos"??? És tu o último dos lusitanos? Estás bem conservado. Voltamos ao Livro de Leitura da Terceira Classe. Tens mais de romano do que de lusitano (aliás, não deves ter quase nada). E também há o pormenor de uma parte significativa do território dos lusitanos se situar na actual Espanha. Olé!

Foi preciso matar à traição Viriato porque... hmmm... ora... porque não? All's fair in love and war, já dizia o outro.
 
gaita....

Não és lusitano-descendente? Por arrastamento de lógico, até poderei afirmar que sou mais negro que lusitano, pois tenho um ascendente muito mais directo de tal terra.
 
Não. E tu também não és. Os lusitanos eram só um povo celtibero que viveu em parte da península. Havia outros no território português actual. Podes ter algum resquício genético dos celtiberos, mas, mesmo assim, falamos de gente que foi romanizada ao ponto de se perder a sua língua e praticamente tudo da sua religião e costumes. Daí dizer-te que és mais romano do que lusitano.

Estamos a dizer estas coisas em latim abastardado.
 
Repito, para quem tem a mania que é alentejano:

Os grandes portugueses somos todos nós!!!
 
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