Ponto de Encontro

Aqui:

"Ok, eu tive de estudar o homem na escola numa disciplina que poucos aqui conhecerão e, admito, ele era bom no que fazia.
O homem inclusivé criou uma doutrina económica que é mundialmente estudada: o corporativismo.
Foi visionário? Foi. Fez um bom trabalho? Fez. Mas, e o resto?

Considerando que o Estado Novo endireitou um país tecnicamente falido, eu direi que foi um trabalho bem feito, porque ainda hoje - e se não tropeço nas voltas da memória e dos números - Portugal é o 3º mais rico país do mundo em reservas auríferas. Mas muito foi o que foi feito para se endireitar a coisa. Muita coisa boa e também muita coisa má.

E foram tantas as más que um homem que labutou para desatolar um país se destruiu para os vindouros. Encaremos esta questão: merece tanto a coroa como a forca, Salazar.

Mas vinco: foi um visionário no seu tempo e para o seu tempo. Não O visionário, que esse não existe."


Não é por dizeres que também se fez muita coisa má que apagas o resto. Isso é um tipo acobardado de ambivalência. Ou sim ou sopas. O Mussolini fez os comboios chegarem a horas e o Estaline ganhou a Segunda guerra e contribuiu para fazer avançar os russos na corrida espacial. Ninguém os louva por isso porque o resto pesa mais.
 
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ElPila said:
Aqui:

Foi visionário? Foi. Fez um bom trabalho? Fez. Mas, e o resto?

Considerando que o Estado Novo endireitou um país tecnicamente falido, eu direi que foi um trabalho bem feito (...) Muita coisa boa e também muita coisa má.

E foram tantas as más que um homem que labutou para desatolar um país se destruiu para os vindouros. Encaremos esta questão: merece tanto a coroa como a forca, Salazar.(...)


Não é por dizeres que também se fez muita coisa má que apagas o resto. Isso é um tipo acobardado de ambivalência. Ou sim ou sopas. O Mussolini fez os comboios chegarem a horas e o Estaline ganhou a Segunda guerra e contribuiu para fazer avançar os russos na corrida espacial. Ninguém os louva por isso porque o resto pesa mais.


Eu sei o que disse e não retiro uma palavra.

Apesar de não concordar com o sistema socio-politico implementeado pelo Estado Novo, alguém teve de fazer o trabalho sujo.

Portugal era um país falido, decadente, social e politicamente atrasado e retrógrado.
O orgulho da solidão não trouxe vantagens por aí além, mas se o regime fascista trouxe muita coisa má - eu ainda tenho em casa o uniforme da Juventude Salazarista ou lá como se chamava que a minha mãe usou, que ninguém me deixa queimar aquela trampa(este é um exemplo de decadência) - também ajudou a estabilizar o país. Da pior forma, mas estabilizou.

E eu reiterei: merece tanto a forca como a coroa.
Quando há trabalho sujo a fazer ninguém o quer, mas e alguém o faz, porque é necessário fica sempre com a cartilha de bandido lida. Eu não sou fã do senhor que nasceu em Santa Comba Dão, mas reconheço-lhe algum mérito. A ele. Não ao regime.
 
Só por essa da "Juventude Salazarista" se vê o que percebes do que falas.

"Portugal era um país falido, decadente, social e politicamente atrasado e retrógrado."

E continuou a sê-lo. E, em alguns destes aspectos, ainda vai sendo. Em grande parte, por culpa do "visionário". Isso são argumentos propagandísticos de extrema direita. Não digo que sejas de extrema direita, mas usas os mesmos argumentos. Também me parece mal que equiparem Salazar a Hitler e Mussolini, como faz a propaganda da extrema esquerda. Salazar não estabilizou nem endireitou nada. A única coisa que fez foi acumular dinheiro nos cofres à custa do investimento nulo.

"Eu não sou fã do senhor que nasceu em Santa Comba Dão, mas reconheço-lhe algum mérito. A ele. Não ao regime."

Isto não faz sentido. É como dizeres "Eu sou adepto fervoroso do Sporting... mas não suporto a cor verde."
 
Neste momento debatem-se opiniões e como tal, opiniões nem sequer devem discutir. Devem lamentar-se.

A utilidade deste diálogo é igual a uma troca de galhardetes entre - aproveitando a imagem desportiva - claques.

Eu posso muito bem achar-te e chamar-te estúpido e mandar-te à merda. E tu chamar-me qualquer outro título e mandar-me a tal parte.
Ambos estaremos no direito de fazer ou não e acharmos-nos ou não aquilo de que fomos apelidados.

Estarmos aqui a debater semântica é gastar recursos que poderão ser bem melhor canalizados noutro lugar deste fórum.
Eu não gosto do homem, do regime que ele criou nem dos estigmas que se criaram e ainda se mantém em grande medida mas, infeliz ou felizmente, toda esta questão é parte inegável da história.
E, na minha perspectiva de vida, até uma má experiência tem validade. Nem que seja para alertar e recordar para não repetir.
 
Podia pensar em várias formas de levar isto mais além, mas esta frase:

"Neste momento debatem-se opiniões e como tal, opiniões nem sequer devem discutir. Devem lamentar-se."

é tão imbecil e revela um nível de bronquidão tão elevado que acho que não vale a pena.
 
No te rías que después vas a llorar.

Estranho. Não sei porque comecei a falar espanhol de repente.
 
E perguntam vocês, Ó Lauren, porque é que tens aparecido tão pouco por estas bandas? E eu respondo, Ó pá (posso tratar-vos por pá, não posso?), Ó pá, dizia eu, andei à procura de casa, e depois de a ter encontrado andei à procura de fiadores e dos 3961 documentos necessários, e a correr as chafarricas todas que vendem ou fabricam mobiliário e afins, e a assinar contratos, e de forma geral a gastar muito dinheiro. E hoje deve ser o dia do alinhamento cósmico, porque vou sentar-me o dia todo num simpático apartamento vazio e, ao longo do dia, irão chegar electrodomésticos, electricidade, água, móveis, e mais contratos para assinar. Mas mais dia, menos dia, volto a ter tempo para respirar. :cathappy:
 
Lauren Hynde said:
Agora dói-me o corpo todo porque montar moveis do IKEA é giro mas dá cabo das costas. :D
Acho que deveriamos ter ido todos ajuadar-te... :kiss:
 
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